29.8.07

 

viagem ao brasil de lá, parte 3

por fábio brandt

Estava escuro, não havia luz o suficiente para destacar a diversidade de cores daquela paisagem. Ser ou não madrugada depende do ponto de vista de quem acabou de acordar. Para quem dormiu razoável quantidade de horas e prolonga o sono ao máximo (trocando café da manhã e o banho matinal por mais tempo na cama), estar ali, àquela hora, trataria-se, apenas, de grande esforço. Para quem dorme após passar as primeiras horas do dia em frente a uma tela de computador, seria, de fato, madrugada.

Meu caso une as duas situações. Há alguns meses, sentia a necessidade de dormir pouco e só deitar muito tarde (ou cedo, quase de manhã). Naquela manhã, acumulava 13 horas de sono em três dias. Mesmo assim, a briga com as cobertas não fora violenta, como de costume. O despertador tocou às cinco e meia. Vinte minutos depois, estava pronto – jeans, camiseta, jaqueta, tênis. Geralmente, o alarme soa às sete e meia e só levanto duas horas depois. Havia ansiedade naquela atitude.

Chegara o dia de ir à Amazônia. Não era uma viagem pela qual eu aguardava há muito tempo. Nem havia muito planejamento por trás dela. Soubera que viajaria apenas seis dias antes da data de partida.

Com uma mochila nas costas e uma mala na mão, sai da estação República do metrô – logo atrás do prédio da Escola Caetano de Campos (atual secretaria estadual de educação). Dirigi-me à Rua Rego Freitas, na Oboré. Ali, os anfitriões da viagem, oficiais do exército, já aguardavam seus convidados: estudantes e profissionais da comunicação.

O ônibus militar, verde, estava em frente ao prédio da Oboré. Com ele, dirigimo-nos à Base Aérea São Paulo, no Aeroporto Internacional de Guarulhos – município que faz fronteira com São Paulo à leste. Antes de chegar em Manaus, conheceríamos as bases aéreas de Brasília – no aeroporto Juscelino Kubitschek – e de Alta Floresta, no norte do Mato Grosso.
[r]

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